Como escolher um projeto de crowdfunding imobiliário: onde investir e onde não?

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Como escolher um projeto de crowdfunding imobiliário: onde investir e onde não?

O crowdfunding imobiliário consolidou-se como uma alternativa atrativa para quem procura diversificar a sua carteira e obter rendimentos competitivos fora do investimento tradicional em imóveis por parte de pequenos e médios investidores. Atualmente, o crowdfunding imobiliário democratizou o acesso a projetos imobiliários, permitindo que qualquer pessoa invista no setor com montantes reduzidos, a partir de 500 euros. No entanto, nem todas as plataformas ou projetos são iguais, e tomar decisões informadas é essencial para minimizar riscos e maximizar benefícios.

O ‘track record’ das plataformas e promotores imobiliários

Um dos primeiros passos na avaliação de um investimento em crowdfunding imobiliário é analisar o histórico, ou track record, das plataformas que gerem os projetos e dos promotores que os desenvolvem. Esta análise permite perceber qual tem sido o seu desempenho passado e quão fiáveis são. Um bom histórico costuma ser um indicador de profissionalismo, experiência e compromisso com os investidores.

Ao rever o histórico, é importante prestar atenção a fatores como:

  • Projetos concluídos com sucesso: avaliar quantos projetos foram financiados e se cumpriram os prazos e as projeções de rentabilidade. A Urbanitae, por exemplo, financiou mais de 220 projetos desde 2019, com uma rentabilidade média anual próxima dos 13% para os seus investidores.
  • Tipos de projetos financiados: garantir que os projetos são diversificados e alinhados com os nossos objetivos de investimento. Alguns investidores preferem projetos de desenvolvimento residencial, enquanto outros procuram imóveis comerciais ou mistos.
  • Satisfação dos investidores: investigar opiniões e testemunhos de outros investidores sobre a experiência com a plataforma é um aspeto-chave. A Urbanitae conta com mais de 1.700 opiniões verificadas no Trustpilot, com uma classificação de “Muito bom”.

Além disso, o histórico dos promotores imobiliários que lideram os projetos é igualmente crucial. Um promotor experiente e com bom registo de entregas pode fazer a diferença entre um projeto bem-sucedido e um problemático.

Regulação e conformidade legal: uma garantia imprescindível

A segurança jurídica é um dos pilares do crowdfunding imobiliário. Antes de investir, é crucial confirmar que a plataforma está regulada por entidades competentes, como a Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV) em Espanha. Segundo os registos oficiais, existem atualmente 26 prestadores de serviços de financiamento colaborativo registados no país, todos sujeitos a exigências legais rigorosas.

Uma plataforma regulada deve cumprir com a legislação europeia aprovada em 2020, aplicável a todos os países membros da UE. Eis alguns aspetos relevantes:

  • Transparência financeira: fornecer informação clara e completa sobre os projetos e os riscos associados.
  • Segregação de fundos: manter os fundos dos investidores separados dos recursos operacionais da plataforma.

Além disso, os projetos devem cumprir os requisitos legais locais, como licenças urbanísticas e normas ambientais. Segundo o relatório The Revolution of Resilience, da consultora PwC, a implementação de boas práticas de conformidade normativa e resiliência empresarial permite às organizações reduzir significativamente os riscos operacionais, como litígios e atrasos, preparando-se proativamente para lidar com interrupções externas e alterações regulamentares. Para isso, a Big Four recomenda dar prioridade ao investimento em inovação, criar modelos de negócio flexíveis e fomentar culturas organizacionais resilientes como chaves para o sucesso.

Avaliação de riscos: nem todos os projetos são iguais

A avaliação de riscos é um dos aspetos mais importantes na hora de investir em crowdfunding imobiliário. Nem todos os projetos são iguais, e os riscos associados variam significativamente. Antes de realizar um investimento, é essencial fazer uma análise exaustiva que permita compreender os perigos potenciais e como mitigá-los.

Fatores-chave a avaliar:

  • Localização do projeto: as zonas metropolitanas como Madrid e Barcelona são geralmente mais estáveis. Estas cidades beneficiam de elevada procura e de uma oferta limitada no setor residencial, além de apresentarem bom desempenho em espaços logísticos e de escritórios. De acordo com a CBRE, Madrid e Barcelona estão entre as dez cidades europeias mais atrativas para investir em 2025. A capital espanhola sobe do terceiro para o segundo lugar, enquanto Barcelona passa do sétimo para o quarto no top 10 europeu.
  • Estado do mercado imobiliário: no primeiro trimestre de 2025, a taxa de variação anual do Índice de Preços da Habitação foi de 12,2%, segundo o INE. A rentabilidade anual da habitação em Espanha em 2024 situou-se nos 6,7%, 0,3 pontos acima do ano anterior (6,4% em 2023) e 1,7 pontos acima de há dez anos (5% em 2014), segundo o estudo A rentabilidade da habitação em Espanha em 2024 publicado pelo portal imobiliário Fotocasa.
  • Riscos operacionais: os atrasos em projetos imobiliários são um dos principais desafios do setor. De acordo com um relatório da PlanRadar, 75% dos responsáveis da construção em Espanha atribuem os atrasos à escassez de mão de obra. Na Urbanitae, os prazos costumam situar-se entre os 20 e os 30 meses, o que é o tempo médio para realizar uma promoção e entregá-la. No caso de projetos de dívida, ou seja, empréstimos ao promotor para levar a cabo a construção, os prazos são mais curtos, geralmente entre 6 e 18 meses.

Ferramentas para avaliar projetos: rentabilidade e due diligence

Antes de investir, é fundamental considerar a equação entre risco e rendimento. Com a perda de atratividade dos instrumentos de rendimento fixo, como depósitos bancários ou obrigações do tesouro, surgiram alternativas com baixo risco e alta rentabilidade. Neste contexto, o crowdfunding imobiliário apresenta-se como uma opção interessante, especialmente para quem pretende diversificar a carteira sem se expor a grandes riscos.

Por outro lado, a due diligence é um aspeto fundamental que inclui:

  • Análise financeira: contempla projeções de rentabilidade e análise de fluxo de caixa.
  • Documentação legal: garante que o projeto está devidamente registado e sem problemas legais.

Na Urbanitae, todos os projetos são submetidos duas vezes à avaliação do Comité de Investimentos, que deve aprová-los por unanimidade, além de três due diligences: comercial, legal e técnica.

Como investir com critério

O crowdfunding imobiliário oferece oportunidades atrativas, mas escolher onde investir – e onde não exige uma avaliação cuidadosa de múltiplos fatores. Desde o track record das plataformas e promotores até à regulação, passando pela solidez financeira e pela análise de riscos, cada detalhe conta.

A Urbanitae é hoje líder no mercado de crowdfunding imobiliário, graças ao seu foco na transparência, no cumprimento regulatório e na aplicação de critérios rigorosos na avaliação de projetos. Cada projeto deve obter o voto unânime do nosso Comité de Investimentos, composto por especialistas independentes, e superar uma tripla due diligence: legal, técnica e comercial.

Embora este compromisso com a qualidade reduza o número de projetos que poderíamos publicar na plataforma, priorizar a segurança do capital acima da rentabilidade – com garantias e hipóteses de negócio conservadoras – permitiu-nos alcançar rentabilidade positiva em 100% dos nossos projetos, com uma média próxima dos 13% de TIR.

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diego.gallego@urbanitae.com

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