Porque é que o investimento imobiliário resiste à volatilidade

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Porque é que o investimento imobiliário resiste à volatilidade

As últimas medidas alfandegárias anunciadas por Donald Trump voltaram a abalar os mercados bolsistas, evidenciando mais uma vez a volatilidade do mercado e reforçando o papel do investimento imobiliário como uma alternativa sólida. A incerteza quanto às relações comerciais internacionais, somada ao nervosismo gerado por decisões políticas imprevisíveis, levou os investidores a repensarem as suas estratégias. Quedas generalizadas, volatilidade de mercado e medo no curto prazo: é o cocktail que muitos já conheciam… e que nos relembra o quão vulnerável pode ser o investimento em bolsa.

Em cenários como este, convém lembrar que nem todos os ativos se comportam da mesma forma perante a instabilidade. E é aqui que o setor imobiliário demonstra, mais uma vez, porque é considerado um porto seguro.

Um valor real que não se evapora

Uma das grandes vantagens do investimento imobiliário é a sua natureza tangível. Ao contrário de uma ação ou de um fundo cotado, um imóvel não pode simplesmente desaparecer de um dia para o outro, nem ser arrastado por uma onda de pânico. É um ativo físico, com uma utilidade concreta e um valor intrínseco. Isso confere-lhe uma resistência natural face à volatilidade de curto prazo que afeta outros ativos financeiros.

Além disso, o mercado imobiliário está muito mais ligado a fatores estruturais que se movem a um ritmo diferente: a oferta de terrenos, a procura de habitação, a evolução demográfica, o acesso ao crédito, o planeamento urbano… Todos estes são elementos que mudam lentamente e não reagem de forma imediata. Isto não significa que o setor imobiliário seja imune aos ciclos económicos, mas tende a ser muito menos volátil e mais previsível.

Novas formas de aceder ao investimento imobiliário

Durante muitos anos, o investimento imobiliário esteve reservado a quem podia comprar uma casa ou um espaço comercial. Mas atualmente existem várias formas de aceder a este mercado, tanto para quem dispõe de um grande capital, como para quem quer começar com valores mais reduzidos.

A via tradicional continua a ser a compra direta para arrendamento ou venda com mais-valia, embora exija um investimento significativo e tempo para gerir o ativo. Existem também os fundos imobiliários (REITs), que permitem investir em carteiras diversificadas através dos mercados financeiros.

Nos últimos anos, ganhou força o crowdfunding imobiliário: um modelo que permite a vários investidores participarem em projetos imobiliários profissionais com quantias menores, partilhando riscos e benefícios. Este modelo abriu as portas a quem antes estava excluído do setor, oferecendo mais flexibilidade e transparência.

No conjunto, o acesso ao investimento imobiliário tornou-se mais diversificado, permitindo que diferentes perfis de investidores encontrem uma forma de investir que se adeque à sua situação, objetivos e tolerância ao risco.

Em tempos conturbados, o imobiliário oferece algo raro

O investimento em bolsa continuará a ser uma opção válida, especialmente para quem procura liquidez e está disposto a aceitar fortes oscilações. Mas a experiência recorda-nos que os mercados financeiros podem tornar-se imprevisíveis, e que nem sempre é prudente expor todo o capital ao seu ritmo frenético.

Neste contexto, o investimento imobiliário surge como uma alternativa sensata face à volatilidade do mercado: estável, ligado à economia real, capaz de gerar rendimentos sustentados e proteger contra a inflação. A sua lógica é distinta, e é precisamente por isso que se encaixa tão bem em estratégias de diversificação e de longo prazo.

Ter uma parte do património investido em ativos tangíveis pode ser uma decisão fundamental quando tudo o resto vacila. Porque há momentos para assumir risco… e outros para construir com tranquilidade. E nesse equilíbrio, o tijolo continua a ter muito para oferecer.

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diego.gallego@urbanitae.com

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