“Investir é necessário para ter uma boa saúde financeira”
A comunicação é um ingrediente chave na estratégia de qualquer empresa – ainda mais na era digital. Numa empresa como a Urbanitae, que gere investimentos e, portanto, depende em grande medida da confiança, a comunicação é algo mais. Este blog é apenas uma parte dessa estratégia, que procura tanto informar os leitores sobre a atualidade imobiliária como oferecer-lhes conselhos ou recomendações úteis para melhorar as suas finanças. Hoje falamos com o responsável pelos conteúdos deste blog, Gonzalo Urdiales, Content Specialist Manager na Urbanitae.
Como descreverias o teu papel na Urbanitae?
O meu trabalho tem mudado desde que entrei para a Urbanitae no final de 2021. Inicialmente, eu iria ficar responsável pelo blog, o que ainda acontece. Defino os conteúdos que são publicados e eu próprio escrevo uma parte deles, além de cuidar do SEO e corrigir erros de desempenho. Mas também tenho parte em diferentes áreas da comunicação da empresa, como a publicação de conteúdos na imprensa, a redação de landing pages, a elaboração do dossiê corporativo, a compilação das estatísticas públicas da Urbanitae e, em geral, tudo o que tem a ver com a identidade textual da marca. Também gravo podcasts.
Quais são os teus desafios ao criar conteúdo para o setor de investimento imobiliário?
Acho que o principal desafio é ser rigoroso. Não tenho uma formação específica em finanças, por isso fui aprendendo ao longo do tempo. Para mim, o mais importante é que o conteúdo seja correto, claro e instrutivo, especialmente no que diz respeito à educação financeira ou às decisões de investimento. Acredito que, tal como eu, qualquer pessoa pode aprender os fundamentos da poupança e do investimento, e que nunca é tarde demais para começar. E este blog quer ser útil nesse caminho.
Onde está a linha entre marketing e comunicação?
Às vezes, a linha é muito ténue. Obviamente, o marketing está orientado para a venda; no nosso caso, para chamar a atenção de potenciais investidores e aumentar a nossa base. Aí, a comunicação e o marketing podem andar de mãos dadas. Na Urbanitae temos a sorte de procurar fazer as coisas bem, de forma que os resultados geralmente acompanham, e não é difícil, portanto, explicar o que fazemos e relatar o nosso desempenho. Dito isto, venho do jornalismo e, embora não saiba se é por causa disso, tendo a dar muita importância aos dados, à precisão e à clareza, por vezes com mais “intensidade” do que o marketing exige.
“Tal como eu, qualquer pessoa pode aprender os fundamentos da poupança e do investimento. Nunca é tarde para começar.”
Estudaste Ciências Políticas, como acabaste numa plataforma de investimento imobiliário?
Bem, a política e a economia não estão assim tão distantes… Na verdade, sempre quis escrever, porque sempre achei que era o que fazia melhor do que outras coisas. Por isso, após algumas hesitações – estive matriculado em Engenharia Informática – optei por Ciências Políticas em vez de Jornalismo. Tive sorte e consegui entrar num dos principais jornais económicos do país, El Economista, e foi aí que desenvolvi grande parte da minha carreira. No jornal, fui-me orientando para a comunicação corporativa e institucional, e na Urbanitae tive a oportunidade de combinar todas essas facetas… e acrescentar mais algumas.
Como abordas a criação de conteúdo para um público tão diverso, desde pequenos investidores até especialistas em finanças?
Bom, é um desafio, porque, como já disse, não sou especialista em finanças, nem de longe. Mas acho que é possível acrescentar valor para todos esses públicos, abordando diferentes aspetos do investimento e do setor imobiliário. Talvez um leitor mais avançado esteja interessado em saber se o segmento de luxo e o investimento em cidades como Marbella são boas opções para o seu dinheiro, enquanto outros podem querer saber se é melhor amortizar a hipoteca ou investir. Ou a opinião de especialistas como Bogle ou Daniel Lacalle, que refletimos no blog.
Qual dirias que é a tua maior lição na Urbanitae?
Acho que a mais importante é a importância de cuidar das finanças pessoais. Desde que estou na Urbanitae, tenho lido muito sobre investimentos, e gosto muito de uma frase de John Bogle, no seu Pequeno livro de investimento com bom senso: “Sabemos que investir envolve riscos. Mas também sabemos que não investir nos condena ao fracasso financeiro.” Acho que é um bom resumo do que todos devem saber: que investir é necessário para ter uma boa saúde financeira. Embora seja importante familiarizar-se com alguns conceitos básicos – sobre os quais falamos muito na secção Aprender – não é necessária uma grande sofisticação para investir com sucesso, desde que sempre a longo prazo.
“Trabalhar no líder do setor em Espanha e vivenciar coisas como o patrocínio de ‘O Fantasma da Ópera’ faz com que trabalhar na Urbanitae seja uma experiência única.”
O que mais te motiva a trabalhar num ambiente como o da Urbanitae?
Embora a empresa já tenha mais de sete anos, a Urbanitae ainda mantém o seu espírito de startup, no sentido de que há novos projetos e ideias constantemente. Essa rapidez e inovação, embora às vezes possam ser stressantes, são uma das coisas que mais aprecio na Urbanitae. Há muitas oportunidades para aprender e continuar a crescer. Além disso, admito que trabalhar no líder do setor em Espanha e ver de perto projetos como o patrocínio de ‘O Fantasma‘ faz com que trabalhar aqui seja uma experiência fantástica. Não posso deixar de mencionar os meus colegas, que são os melhores que poderia ter.
Além de livros sobre investimentos, o que costumas ler? Tens alguma recomendação?
Não tenho muito tempo para ler, em geral, mas sou bom a aproveitar os momentos no metro e, às vezes, até leio na rua. Leio mais ensaios do que romances, e geralmente gosto de livros sobre economia, política e história. Para fugir um pouco aos livros de investimento, recomendo A Vingança dos Poderosos, de Moisés Naím, um livro de há dois anos sobre a degradação das democracias que, infelizmente, parece estar sempre atual.